Hoje, 23 de abril, às 18h, o Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná sediará a audiência pública “O Papel das Igrejas na Inclusão”. Promovido pelo Bloco Parlamentar da Neurodiversidade, coordenado pelo deputado estadual Alisson Wandscheer, em parceria com o Ministérios Pão Diário, o evento integra as ações do Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo. Aberta ao público, a audiência reunirá líderes religiosos, especialistas e a sociedade para discutir como as igrejas podem ser espaços acolhedores para pessoas autistas e suas famílias.
O deputado Alisson Wandscheer, que mediará o evento, destaca a importância da iniciativa: “Teremos um evento um pouco diferente, trazendo as igrejas para a Assembleia Legislativa para falar de autismo. Igrejas são locais que também devem ter inclusão, com adaptações para acolher as pessoas autistas e as famílias atípicas”. Ele reforça o objetivo de unir denominações cristãs para trocar experiências e propor soluções. “Queremos enriquecer o diálogo sobre empatia, responsabilidade social e o compromisso das instituições religiosas com a inclusão”, afirmou.
Integrantes da Mesa e Debatedores
- Isaac Poblete – Representante do Ministério Pão Diário e Instituto Qualicare. Diretor de Estratégia da Odin Consultoria e Produtor na Bon Futur Comunicação Estratégica, atua em Relações Governamentais e Institucionais, assessorando entidades como a Fundação Club Athletico Paranaense, Hospital São Vicente e Instituto Qualicare. Com vasta experiência em políticas públicas, presta consultoria estratégica a organizações nacionais e internacionais, articulando projetos com o poder público e a sociedade civil.
- Padre José Aparecido Pinto – Representante do Arcebispo Metropolitano de Curitiba, Dom José Antonio Peruzzo. Capelão do Centro Cívico, Diretor da Ação Social do Paraná e Diretor do Asilo São Vicente de Paulo, traz a perspectiva da Igreja Católica sobre inclusão e acolhimento.
- Pastor Anderson Cruz – Pastor na Alcance Curitiba e presidente da OSC Alcance Social. Junto com sua esposa, Vanusa Cruz, lidera o departamento infantil da igreja e o ministério de inclusão de pessoas atípicas, oferecendo suporte técnico, emocional e espiritual a indivíduos e famílias.
- Adriana Kawalkievicz – Mãe atípica, pedagoga, psicopedagoga clínica e institucional, e acadêmica de Fonoaudiologia. Líder do Ministério de Inclusão da Igreja Batista do Bacacheri, contribui com sua experiência pessoal e profissional na promoção da inclusão.
- Dra. Júlia Pupo – Psicóloga clínica, neuropsicóloga e especialista em TEA, Terapia Cognitivo-Comportamental e Gestão de Pessoas. Pioneira em avaliações para diagnóstico tardio, oferece suporte a adultos neurodivergentes e suas famílias. Mãe atípica, é conselheira estadual da Onda Autismo, palestrante e supervisora clínica.
- Pastor Adoniran Melo – Pastor e gestor de áreas ministeriais especiais da Primeira Igreja Batista de Curitiba. Ex-presidente da Associação Evangélica Nacional de Obreiros com Surdos, fundador de programas de alfabetização em Moçambique, parceiro da Joni and Friends e coordenador da Joni’s House Brasil. Representante no Brasil da Shepherds College, universidade americana para jovens autistas, também é tradutor do Novo Testamento em LIBRAS, com mais de 1 milhão de visualizações.
Como as igrejas podem ser inclusivas
Além do acolhimento espiritual, as igrejas podem adotar medidas práticas para incluir pessoas autistas, como ambientes sensoriais adaptados (com redução de ruídos e iluminação suave), materiais em linguagem acessível, como os do Instituto Qualicare, que já impactou mais de 3 mil pessoas, e treinamentos para líderes sobre neurodiversidade. Ações sociais, como grupos de apoio para famílias atípicas, atividades comunitárias adaptadas e parcerias com organizações especializadas, também são fundamentais. Essas iniciativas combatem estigmas e promovem uma sociedade mais empática e justa.
O evento reforça o compromisso do legislativo paranaense com a inclusão, alinhado ao tema do Dia Mundial da Conscientização do Autismo de 2025: “Informação gera empatia, empatia gera respeito”. Participe deste diálogo!