TDAH, DISLEXIA OU AUTISMO: COMO DIFERENCIAR OS TRÊS TRANSTORNOS?

Avaliação neurocognitiva, com especialista capacitado, é essencial para diagnóstico correto

Desde a pandemia da Covid-19, os transtornos do neurodesenvolvimento como transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), transtorno de espectro autista (TEA) e transtornos específicos de aprendizagem (TEAp) entraram para a pauta da saúde pública em todo mundo, fazendo crescer significativa a quantidade de diagnósticos. O problema é que por terem desdobramentos parecidos, e em alguns casos coexistir, os transtornos costumam ser confundidos, o que pode levar a diagnósticos errados.

Esse cenário, de acordo com Suzana Lyra (CRP03/9748), neuropsicóloga, Diretora e Responsável Técnica do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN), especialista em TDAH, TEA e esquecimentos, gera preocupação. Além das consequências emocionais e impactos na saúde mental, o diagnóstico errado atrasa o início do tratamento, fundamental para garantir qualidade de vida para pacientes e familiares.

“Só com o diagnóstico correto, e para tal eu recomendo a realização de uma avaliação neurocognitiva, é possível criar um plano de tratamento personalizado e eficaz, permitindo intervenções direcionadas, com olhar humanizado, pensando na qualidade de vida do paciente e também na família”, explicou.

Ainda segundo a neuropsicóloga, o tratamento a ser seguido está diretamente relacionado ao tipo de transtorno.

COMO DIFERENCIAR TEA, TDAH E DISLEXIA

Pacientes diagnosticados com TDAH costumam apresentar algumas características principais como desatenção, hiperatividade e impulsividade, o que por muitas vezes é confundido com o comportamento natural da infância.

Pacientes com TEA, vão apresentar dificuldades relacionadas à comunicação, que pode incluir atraso na fala e dificuldade em compreender o que as outras pessoas falam, dificuldade de socialização e comportamentos repetitivos.

“Quanto à dislexia, o paciente pode ter uma vida completamente normal mas apresenta uma lentidão na aprendizagem, que envolve a dificuldade de concentração, dificuldade para soletrar, palavras escritas de forma estranha e ainda trocar de letras com sons ou grafias parecidas”, pontou.

Como evitar um diagnóstico errado?

Busque um especialista capacitado para realizar a avaliação neurocognitiva ou neuropsicológica.

A avaliação neurocognitiva ou neuropsicológica é um exame detalhado que revela como o cérebro está funcionando e quais são as dificuldades específicas. São avaliadas as memórias, as atenções, as funções executivas e construtivas, coordenação motora, equilíbrio estático e dinâmico, além do tônus muscular. Além disso, é observada a condição psicológica do paciente, identificando comportamentos, habilidades e dificuldades.

Após o diagnóstico, o protocolo de tratamento a ser seguido depende de cada caso. Em linhas gerais, Dra Suzana recomenda um acolhimento multiprofissional, para reabilitação de forma integral, com olhar humanizado, pensando no paciente e também na família.

Com o diagnóstico correto, é possível criar um plano de tratamento personalizado e eficaz, permitindo intervenções direcionadas, com olhar humanizado, pensando na qualidade de vida do paciente e também na família”, concluiu.

Verifique se o profissional que escolheu possui as credenciais necessárias para a realização da avaliação neurocognitiva, visto que o diagnóstico associado à terapia adequada pode transformar a forma como o paciente se relaciona com o mundo. Lembrando que nosso cérebro é extremamente importante e não podemos confiá-lo a qualquer profissional”, frisou.

Segundo a especialista, a avaliação neurocognitiva ou neuropsicológica é um exame detalhado que revela como o cérebro está funcionando e quais são as dificuldades específicas. São avaliadas as memórias, as atenções, as funções executivas e construtivas, coordenação motora, equilíbrio estático e dinâmico, além do tônus muscular. Além disso, é observada a condição psicológica do paciente, identificando comportamentos, habilidades e dificuldades.

“É a partir dessa avaliação que são mensuradas as respostas do paciente, averiguando se tais dados e quantitativos são compatíveis com a patologia a ser pesquisada. Com o diagnóstico correto, é possível criar um plano de tratamento personalizado e eficaz, permitindo intervenções direcionadas, com olhar humanizado, pensando na qualidade de vida do paciente e também na família”, concluiu.

Após o diagnóstico, o protocolo de tratamento a ser seguido depende de cada caso. Em linhas gerais, Dra Suzana recomenda um acolhimento multiprofissional, para reabilitação de forma integral, com olhar humanizado, pensando no paciente e também na família.

Suzana Lyra, neuropsicóloga, Diretora e Responsável Técnica do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN),
Suzana Lyra, neuropsicóloga, Diretora e Responsável Técnica do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN)

FONTE: G1

Mais lidas

Leia também: