O deputado estadual Alisson Wandscheer participou na última sexta-feira (29), na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), do Encontro com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que veio a Curitiba para falar com o setor produtivo sobre a reforma tributária e os planos do governo federal para a indústria brasileira.
A proposta da reforma tributária entra em discussão e votação na Câmara dos Deputados esta semana, mas ainda está envolta em muitas incertezas.
Para o deputado Alisson, a reforma é fundamental para o país. “O Brasil não suporta mais a avalanche de impostos que oneram todos os setores e colocam em risco a nossa competitividade. O cidadão paga uma conta cara, de imposto sobre imposto. Isso tem que acabar”, afirmou acrescentando que a simplificação do sistema tributário e a redução do custo Brasil são urgentes. “Urgentes e necessários para dar eficiência produtiva para a economia do Brasil crescer, para aliviar o bolso das famílias, principalmente das mais humildes, dar competitividade para as nossas indústrias e produtos, gerar empregos. O país precisa de menos impostos, juros mais baixos, infraestrutura, logística, desburocratização, competitividade e sustentabilidade”, disse.
COMPETITIVIDADE
Falando para empresários da indústria e lideranças políticas, Alckmin afirmou que a competitividade do país depende da reforma tributária e que ela tem potencial para simplificar o sistema de impostos e acabar com a cumulatividade de tributos, desonerando investimentos e estimulando exportações.
Segundo ele, o entrave da economia brasileira está na complexidade do sistema tributário, ancorado na tributação sobre o consumo que aumenta o custo da produção. O vice-presidente disse que enquanto o mundo inteiro tem um imposto sobre consumo, o IVA, o Brasil tem cinco. “Temos IPI, PIS, Cofins, ICMS, ISS. Tudo em cima de consumo. Nos Estados Unidos, o tributo sobre consumo é 20%. Lá tributa renda e patrimônio. No Brasil, 50%. Aí o país é caro, a população não consegue consumir”, explicou.
Para o vice-presidente, a reforma tributária trará eficiência econômica para o Brasil. “Tem que desonerar completamente investimento e desonerar completamente exportação. Essa é uma reforma que traz eficiência econômica. Pode, em 15 anos, o país crescer 10% do PIB”.
Alckmin acrescentou ainda que a proposta garantirá neutralidade na arrecadação entre os entes da Federação. “A lógica da Reforma Tributária não é tirar de um e dar para outro. Ela tem que ter neutralidade federativa. O que o estado do Paraná recebe, vai continuar recebendo. O que os municípios recebem, vão continuar recebendo. O que ela precisa é simplificar e tirar a cumulatividade”, explicou.
SOBREVIVÊNCIA DA INDÚSTRIA
Para o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, a Reforma Tributária é fundamental para a sobrevivência da indústria brasileira. “Uma medida vital para toda a economia, mas especialmente para a indústria, é a Reforma Tributária. A complexidade do nosso sistema tributário e a cumulatividade de impostos ao longo das cadeias produtivas são alguns dos principais fatores que tornam os produtos brasileiros pouco competitivos diante de mercadorias produzidas em outros países”, afirmou.
PARTICIPAÇÕES
O evento teve a participação do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e do prefeito de Curitiba, Rafael Greca.